sexta-feira, 29 de junho de 2007

Aprovadas as cotas na UFRGS

Hoje, mesmo com aliminar, que foi caçada posteriormente, o Conselho da UFRGS aprovou por unanimidade o siatema de cotas raciais e sociais. As nmaiores universidades brasileiras já imcorporam no seu cotidiano acadêmico esse sistema que, mesmo que não seja o ideal, tem como objetivo incluir, na Universidade Pública, as camadas sociais mais pobres.

Estão destinadas às cotas, 30% das vagas, sendo que, 10% para negros, 10% para índios e 10% para egressos das escolas públicas.

Manifestações racistas a parte, o processo de discussão foi democrático, onde TODOS puderam se manifestar.

Obrigado UFRGS, para mim, foi uma grande vitória da mobilização popular, quem dera que as forças populares se mobilizassem mais, e em outro assuntos igualmente importantes.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Depois dizem que não existe racismo no Brasil!


Com a abretura das discussões que visam a implantação do sistema de cotas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi mostrada a face real da elite que se adonou da UFRGS. É a mesma elite que, ao longo dos séculos usurpa e oprime o povo mais sofrido: o pobre, o negro e o índio. Isso fica nítido nas manifestações racistas que estão estampadas nas pixações no entorno do Campus Central da UFRGS.


Sei que o sistema de cotas gera polêmica, mas é necessário para a consolidação da democracia.


Nos Estados Unidos (cultura que gostamos de imitar), foi implantado, a muitos anos atrás, um sistema de inclusão, principalmente de negros e índios, que está prestes a ter seu ciclo encerrado.


O resultado? O resultado é que, atualmente, os negros estão assumindo cargos importantes na sociedade estadunidense, gerou mais igualdade de oportunidades, mais cidadania.


Mas por aqui, como o ex-governador de São Paulo, Claudio Lembo, disse, a "elite branca", não que abrir mão da sua supremacia social, econômica e cultural.


Vejam a fotografia tirada hoje nos muros próximos a UFRGS (a cima).


É SIMPLESMENTE RACISMO, DO MAIS COVARDE E MESQUINHO, pois quem dessa maneira se expressou, não tem coragem de mostrar a sua cara.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

E a mídia? Sempre ela...





A cada dia me surpreendo mais com a capacidade da mídia em fazer o que lhe mais interessa: Manipular a opinião pública. Todos, aqui no RS, sabemos da crise institucionalizada na saúde pública. Não é na saúde dos que, felizmente, podem pagar um plano privado, mas sim dos que não tem nenhum amparo, a não ser o do Estado.

Escutando a Radio BAND-RS AM, um tal Oziriz Marins (não sei se é assim que se escreve), após a veiculação da notícia de que, 17 hospitais do Estado, correm o sério risco de fechar por não mais haver repasses do Governo Yeda, para cobrir os custos do SUS, comentou o seguinte: NADA!!!! É isso mesmo, ele, nesse caso, não tem opinião.

O que mais me indignou é que, esse “comunicador” é rei de fazer comentários, principalmente quando lhe é conveniente. Quando ele defende aqueles que patrocinam seus patrões e a Ele próprio.

Pois é, ele não falou nada. Pois sabe que, se falasse, teria de ir contra esse “governico de meia pataca”, que somente quer “ajudar” os grandes “Farsul, Federasul, Sinduscom, e todos os detentores da “grana”, que os financiam.

Mas o problema do povo?

Que é povo?

O Marketing Ambiental



Na sexta-feira, estava participando do II Seminário Sobre Tecnologias Limpas, que ocorreu na Reitoria da UFRGS quando, tendo como assunto das palestras o Marketing Ambiental, ouvi atentamente uma "funcionária" da Copesul, falar das "maravilhas" que a sua empresa faz na preservação do meio ambiente. Balela! Pois o que fazem, é muito pouco, pelos inúmeros impactos ambientais já causados por essa importante empresa petroquímica.


Saí de lá pensando no tal Marketing Ambiental, deduzi que, isso não passa de uma maneira de acobertar os reais estragos produzidos por essas atividades industriais, nem sempre "tão" limpas.


Mas o que quero comentar é o que vi ontem, no domingo, pelos parques de Porto Alegre, que me trouxe de volta o que havia visto no Seminário:


Rapazes e moças, bonitos e desenvoltos, distribuindo cata-ventos coloridos às pessoas que por eles passavam. Me senti menino novamente ao receber um desses cata-ventos de uma linda jovem, ao qual agradeci. Mas, ao observar melhor o tal brinquedo, deparai-me com uma propaganda (Marketing Ambiental), adivinhem de que? Da Aracruz Celulose! E sabem qual é o mote da campanha? Vocês estão sentados? É o já conhecido: Vamos Cobrir o Mundo de Verde. Pois é!


Isso sim é Marketing Ambiental. Eles cobrem o Estado de Deserto Verde, depois, utilizando-se do expediente da cooptação, engambelam as pessoas, passando-se por "preocupados" com o meio ambiente. Pode?

sexta-feira, 22 de junho de 2007

E as cotas?


Eu, como (ainda) estudante da UFRGS, venho acompanhando as discussões referentes à implantação do sistema de cotas nessa Universidade. Existe muita contrariedade por parte do pessoal que se “adonou” da UFRGS. E, conseqüente mente, muita pressão (legítima), das entidades representativas da população.

Em minha visão geográfica e histórica da formação social da população brasileira, apóio essa ação positiva para a igualdade social. Muitos poderão dizer que isso é um paliativo para os graves problemas que enfrentamos, sejam eles sociais, econômicos ou culturais. Que isso somente geraria mais racismo. Que não vai dar certo, etc...

Concordo em parte, não é o ótimo, melhor se não fosse necessário isso. Mas é o mínimo que se pode fazer para tentar, de alguma forma, indenizar pessoas que, ao longo dos séculos, arrancadas do seu lugar (e não interessa que perpetrou esse crime), somente viveram para “servir seu amo”.

Os “queridinhos”, dos cursos de “excelência”, são terminantemente contrários à adoção dos sistemas de cotas para negros e afrodescendentes. É óbvio, não é? Eles não querem dividir esse “privilégio” com quem não tem “sangue azul”.

Mas, o que me faz bem, é saber que, o Reitor José Carlos Hennemann, é favorável à aprovação das cotas. Vamos ver onde vai esse embate.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

MAIS EMPREGOS NO BRASIL


Pessoalmente, eu tenho muitas restrições e críticas ao Governo Lula. Talvez por ingenuidade ou, que sabe, incompetência, muitas das mudanças que eu, como militante de esquerda, esperava não aconteceram. É claro que, quando se chega ao poder, não podemos mais ser militantes, ou como o Lula, um sindicalista. O Presidente tem de governar para todos. Mas as alianças para a governabilidade, engessaram as ações mais radicais.

Mas, mesmo assim, tenho de dizer que, muitos avanços se concretizaram, principalmente na área social e econômica. Não vou falar aqui do Risco Brasil, do Dolar a R$1,90, das exportações, do Bolsa Familia, entre outros. Vocês podem até fazer as contas, para ver que, desde 1953, o Salário Mínimo bateu hoje em 200 Dólares. Pois é, não deu em nenhum jornal ou TV. Isso não interessa à mídia conservadora e golpista.

Mas a grande notícia de hoje está no Estadão: “o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou, entre janeiro e maio deste ano, a criação de 913.836 postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo Ministério do Trabalho. O número é 18,84% superior ao saldo registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em igual período de 2006 e representa o maior saldo da série do cadastro oficial para o período. Para ler mais sobre essa notícia, acesse: http://www.estadao.com.br/ultimas/economia/noticias/2007/jun/20/85.htm

Vejam bem, é quase UM MILHÃO DE NOVOS EMPREGOS, e com um salário valorizado. Isso é muito bom para o Brasil e para os brasileiros.

terça-feira, 19 de junho de 2007

ESTAMOS ENTRANDO NA IDADE MÍDIA.



Na Pré-história os homens viviam em cavernas, era cada um por si, quem era mais forte, mandava nos mais fracos. Na Idade Antiga, os faraós e depois os Césares, eram os deuses que, na Terra, mandavam em todos. Na Idade Média, os Reis com seus exércitos dominavam a plebe. A Idade moderna é caracterizada por grandes transformações, entra em cena a força do capital, que vai comandar o Mundo. Na Idade Contemporânea, entra em cena o iluminismo, o poder se pulveriza com a emancipação dos Estados Nação.


Mas parece que a Idade Contemporânea está acabando. Estamos entrando em uma nova etapa da civilização que, com certeza, podemos denominar de IDADE MÍDIA.


É a época onde somos todos (salvo raras algumas exceções), comandados pelos "formadores de opinião", pelos editoriais, pelos grandes grupos econômicos que têm, na mídia, seu porta voz. Aqui no RS, a Idade Mídia, já faz muito tempo que vivemos e é comandada pela família Sirotzky, que tem a hegemonia dos meios de comunicação das terras gaudérias. Toda a "verdade" emana da sua cidadela às margens do exuberante (e fétido) Arroio Diluvio.

A mãe de todas as embaixadas



Hoje pela manhã, escutei algo que me dexou de boca aberta. É sobre a construção da "nova" embaixada estadunidense no Iraque. Os números e os Dólares envolvidos são uma "Babilônia". Fui à Internet, a cata de material a respeito e somente encontrei um artigo que trancrevo aqui e que o conteúdo é mais ou menos o que a notícia que eu li:




A mãe de todas as embaixadas
por Stefano Chiarini

Uma verdadeira cidadela fortificada, maior que o estado do Vaticano e "mais segura do que o Pentágono" está em vias de surgir em Bagdad. Dia a dia, nas margens do Tigre, na "zona verde" onde se encontram os palácios de Saddam Hussei, mais de 900 operários e construtores vindos dos países mais pobres da Ásia ali a constróem. Trata-se da nova embaixada dos EUA, de um bilhão de dólares, ainda que o Congresso não tenha por enquanto "libertado" senão 592 milhões de dólares. É a maior e a mais fortificada do mundo, estende-se sobre mais de 42 hectares na zona onde outrora se encontravam os gabinetes do partido Baath. Para ter uma idéia da sua extensão, a área eqüivale a cerca de 80 estádios de futebol ou seis vezes aquela da sede das Nações Unidas em Nova York. Os trabalhos efetuam-se na maior discrição mas, segundo um relatório da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado americano, o complexo será composto por 21 edifícios. Dois serão destinados ao embaixador e o seu adjunto, os outros aos escritórios, aos empregados e aos serviços.



Em funcionamento pleno, ali trabalharão 8000 pessoas e ela tornar-se-á o cérebro da administração colonial do Iraque, apenas escondida por trás de figuras locais dos diversos líderes iraquianos ocupados em repartir as migalhas que caem da mesa dos ocupantes. O fato de a nova embaixada encontrar-se praticamente ao lado do palácio de Saddam, que ela ultrapassará em grandeza, majestade e funcionalidade – equivalente nas dimensões a três Millenium Dôme – bem como aos edifícios onde se reúnem o parlamento e o governo iraquianos, é uma mensagem clara para o povo iraquiano, e para o mundo, sobre quem realmente governa o país, e sobre as intenções de Washington de continuar a ocupar o Iraque durante anos. A cidadela imperial será praticamente inatacável da terra e do céu, cercada por um muro com cinco metros de espessura, com seis portas de entradas e saídas ultra-seguras e uma sétima de saídas de emergência (se as coisas correrem verdadeiramente mal) para o aeroporto, e defendida por baterias de mísseis terra-ar e terra-terra e por uma grande caserna de mariners.


O aspecto mais impressionante da nova embaixada é o seu isolamento total do resto da capital iraquiana. Ao contrário dos velhos palácios coloniais britânicos, a cidadela estadunidense será como uma astronave aterrada no centro de Bagdad, completamente auto-suficiente: ela terá seus próprios poços para o abastecimento de água, uma central eléctrica, um sistema de recolha e tratamento de lixo, seu próprio sistema de esgotos, a maior piscina da cidade, restaurantes, snacks, cinemas, ginásios e um sistema de comunicações interno.

Bagdad cai em ruínas, mas nas bases estadunidenses – nesta tal como nas outras 14 disseminadas por todo o Iraque – a vida continua a decorrer nas mil comodidades de uma tranqüila província americana. Uma província governada pela Bíblia e pelo código militar no qual, por exemplo, ao contrário do que se passa nos Estados Unidos, o aborto é estritamente proibido.

Os soldados do império, totalmente ignorantes acerca do lugar onde estarão, verão assim o Iraque apenas através dos visores dos seus tanques e das miras ópticas dos seus fuzis. Um projeto que lembra muito aquele da transformação do exército estadunidense numa espécie de "cavalaria mundial" – elaborado nos documentos do American Enterprise Institute – podendo sair dos seus fortins, atacar as "forças do mal" e retornar a seguir às suas cidadelas fortificadas.


A nova cidade proibida estadunidense, já denominada "o palácio Bush", a "mãe de todas as embaixadas" – a megalomania do projeto fá-lo parecer como os palácios de Saddam – poderia ser definida como a maior estação de combustíveis do mundo, graças à qual os EUA poderão continuar a dilapidar as riquezas do planeta e poluir a terra, o ar e a água. Como isto se passa no Iraque onde, graças aos "acordos desiguais" com o governo fantoche local, eles não só se apropriaram desta vasta zona sem pagar um centavo como impuseram a extra-territorialidade de todas as suas estruturas e a impunidade absoluta para os seus homens.

A nova embaixada, o único projeto de construção imobiliária estadunidense no Iraque que, por enquanto, está dentro dos prazos previsto e das despesas programadas, foi confiado na maior parte a uma empresa kuwaitiana, a First Kuwaiti Trading (dirigida por Wadi al Absi, um cristão maronita libanês) e a seis outras empresas, das quais cinco estadunidenses. A sociedade de Wadi al Abdi, com mais de 7000 empregados no Iraque, foi criticada várias vezes por diversos organismos humanitários, assim como por empreiteiros e responsáveis estadunidenses, pelas muito más condições de vida e de trabalho dos seus empregados, transferidos em massa para a Mesopotâmia a partir dos países mais pobres da Ásia: jornadas de 12 horas de trabalho, ausência de todas as condições de segurança. Verdadeiros escravos utilizados para construir as pirâmides do novo faraó americano. http://resistir.info/iraque/embaixada_eua.html

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Pesquisa DATAULBRA: para onde vai o Governo da tia Yeda?


Apesar de toda a força que a mídoa gaudéria, principalmente da PRBS (Partido da Rede Brasil Sul), as coisas não são lá um mar de rosas para a tia Yeda. Não adianta esconder, mentir, dissimular o que realmente acontece no Governo do RS. Meso assim, a população ainda consegue distinguir o joio do trigo.

O que vou reproduzir aqui, é uma recente pesquisa feita sobre o Governo Estadual, divulgada ontem, que copiei do blog RSURGENTE, feita pela DATAULBRA. Vjam a matéria:

"A aprovação do governo Yeda Crusius (PSDB) segue caindo no Rio Grande Sul, conforme dados levantados pela mais recente pesquisa do Instituto da Universidade Luterana do Brasil (Dataulbra). Na pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13), a aprovação do governo do Estado atingiu o índice de 30,7%, registrando queda em relação a abril (36%) e a fevereiro (52%). Ou seja, em cinco meses, o governo Yeda perdeu mais de 20 pontos em termos de aprovação.

A pesquisa foi realizada de 4 a 6 de junho de 2007 em 43 municípios gaúchos, abrangendo quatro intervalos demográficos (1-30 mil; 30-50 mil, 50-100 mil eleitores e acima de 100 mil). Ao todo, foram realizados 1.133 questionários em cidades de 12 regiões do Estado. A margem de erro é de 3%.

Do total de entrevistados, 55,6% disseram não acreditar que Yeda Crusius fará um bom governo e 65% responderam que ela não está cumprindo as promessas de campanha. Já 45,9% responderam que o governo de Yeda não está sendo nem melhor nem pior do que o governo anterior.

A avaliação Ruim/Péssimo de Yeda chegou a 43,3%, contra apenas 16,1% de Bom/Ótimo e 34,7% de Regular. Quando perguntados se aprovam ou não o modo como a governadora vem conduzindo o Estado, 60,5% responderam que não aprovam seu governo, contra 30,7% de aprovação.

A pesquisa também avaliou o governo federal no RS: 55% dos entrevistados aprovaram o desempenho do governo Lula (índice superior aos 52% verificados em abril). O presidente Lula obteve nota 5,7 (contra 5,6 em abril e 6,0 em fevereiro). Já Yeda ganhou nota 4,3 (4,2 em abril em 5,3 em fevereiro). Ainda em relação ao governo federal, 54,6% dos entrevistados acreditam que o presidente Lula fará um bom governo, mas 50,1% pensam que ele não está cumprindo suas promessas de campanha. Para 40%, o segundo governo Lula não está sendo nem melhor, nem pior que o primeiro. Assim, na comparação entre os governos Lula e Yeda, os números do Dataulbra ficaram assim:

Lula: 55% de aprovação - Nota 5,7
Yeda: 30,7% de aprovação - Nota 4,3"

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O QUE É INJUSTIÇA? (II)


Pois é, a injustiça se dá sempre com quem menos pode. Enquanto milhões de pessoas sofrem com a falta de "tudo", outros têm muito mais do necessitam. Vemos agora, o Governo Federal, lançar um programa de ajuda aos setores prejudicados com a queda do Dolar. Digamos que é o "Proer do Dolar". Numa economia de mercado, globalizada, que ómente que tem competência vence, essas empresas deveriam fechar as portas para que outras, mais competentes, sobrevivam.




E o que fico pensando é que, as empresas "prejudicadas", são as mesmas que se dizem de "mercado", adeptas da livre iniciativa, com certeza, a favor do estado mínimo. Mas, na hora de socorro, correm para os braços do Estado. Sempre chorosas.




Bilhões de reais (mais de três), a juros subsidiados, são agora distribuidos entre os incompetentes, que não se atualizaram e não se adaptaram as novas condições.




Mas os miseráveis, que não têm a quem recorrer, continuam atirados nas calçadas. Isso é injustiça!


quarta-feira, 13 de junho de 2007

O QUE É INJUSTIÇA?


Todas as manhãs, quando vou para o trabalho caminhando pela Rua da Praia, desde o Gasômetro até a Praça da Alfândega, me deparo com mais ou menos um dezena de pessoas encolhidas nos cantos e nas marquises, enroladas em trapos e sobre papelão. São crianças amontadas, adultos e velhos encolhidos. São o que eu costumo denominar de pessoas invisíveis. Invisíveis para nós, para a sociedade e, principalmente para o estado, que "teria" como objetivo principal, o bem estar dos cidadãos. Mas eu pergunto: Essas pessoas são cidadãos? Ou são simplesmente a escória, e não merecem ser chamados de cidadãos?

Fico consternado, mas isso de nada adianta. Fico com raiva, mas isso não soluciona o problema desses e de milhares de outras pessoas nessa mesma situação. O que se pode efetivamente fazer para solucionar essa situação insustentável? Como podemos nós, com a nossa consciência, ficarmos de longe, como se isso não fosse problema nosso? São perguntas que não posso me furtar de fazer, a vocês e a mim.

O Estado e o Município são os responsáveis por manter organismos que trabalhem com a solução desse problema. Mas o que dizem, não é o que fazem. Como desculpa, argumentam com a surrada desculpa da falta de verbas. Pode até ser, mas para coisas que dão "IBOPE", não falta dinheiro. Afinal de contas, esses pobres miseráveis, nem mesmo votam, não é mesmo?

Enquanto isso, pessoas perambulam pelas ruas, sem perspectivas nenhuma. No nosso clima, inverno, frio, chuva. Mas eles estão aí, "ainda" estão aí. O que lhes resta então? Somente a morte? Isso é que é INJUSTIÇA.

domingo, 10 de junho de 2007

Estou voltando.


Olá pessoal, vocês devem estar estranhando por eu não estar postando com a freqüência de antes. O que ocorre é que estive envolvido em atividades que me impediram de escrever durante esses dias, mas agora, vou tentar retomar, aos poucos, o antigo ritmo.

Para iniciar, quero aqui dizer para que veio ao comando do RS, a tia Yeda. Está mais do que claro, ela está a frente do desmonte, não somete do Estado (enquanto ente regulador), mas da própria força de reivindicação do povo. E mais, está a serviço da elite gaúcha, captaneada pelas "entidades de classe (?)", tais como a Farsul, Federasul, Fecomércio... e, é claro a RBS, que em, última análise, é que difunde as idéias e o que é preciso fazer para tirar toda a força de articulação da sociedade.

No Correio do Povo do dia 10/06, estampa uma matéria que demostra claramente a intenção de se extinguir o salário mínimo regional, fato que está causando grande(?) polêmica. Mentira. Não existe polêmica. Já é fato quase consumado. A não ser que haja forte resistência de quem vive de salário. Nessa matéria, os representantes das entidades de classe (da classe dominante), apóiam incondicionalmente a"rainha das pantalhas". Para esses, o melhor seria não haver nem salário.

Por que apóiam? Por ser algo que incomoda aos patrões. Pois quanto mais lucro melhor, é a visão feudalista de uma elite rural, latifundiária que veio morar na cidade. E mais, na luta por um salário mínimo regional maior, há uma articulação das forças produtivas (os empregados), e isso "não é bom para os negócios".

terça-feira, 5 de junho de 2007

Dia Internacional do Meio Ambiente


Olá, pessoal! Hoje, como todos sabem, é o dia internacional do meio ambiente. De minha parte, acho que nada temos a comemorar, ao contrário, a cada dia as coisas estão piores. Lembro-me da década dos anos setenta, onde nós (a juventude), tínhamos a esperança de modificarmos o mundo, torná-lo melhor para nós, e nossos filhos. Mas hoje, parece-me que está se tornando cada vez mais distante esse ideal. Mesmo que façamos o que podemos para que esse ideal se concretize, está cada vez mais difícil materializá-lo.

Eu não vou desistir. Sei que estamos todos dentro de uma sociedade de consumo, onde só existe quem “compra”. Eu e você compramos. Mas isso não quer dizer que concordamos com o que nos é imposto. Quando olho a minha volta e vejo, pessoas dormindo nas ruas da nossa Porto Alegre(?), me pergunto: O que faço para ajudar a melhorar a vida dos meus irmãos? Talvez nada, ou pouca coisa!

É só sairmos pala cidade e observarmos. Vivemos, apesar dos avanços da ciência, como se estivéssemos na selva, não como os índios, mas como os vermes. Somente preocupados com a nossa subsistência, o nosso umbigo.

Aí me pergunto: onde será que essa estrada vai terminar? Nosso planeta pede socorro, mas os governos e a sociedade querem, cada vez mais, ter mais. Independente de quem terá menos. E é a tudo isso que eu luto contra.

Há muito tempo atrás, um amigo meu, lá daqueles tempos, o Danilo (Jacaré) que está em São Paulo me disse uns versos que, infelizmente eu não sei de quem são, mas que diziam mais ou menos assim:

“Eu sei que, muitas pessoas,
não têm o que comer ou beber.
Mas mesmo assim, eu como e bebo,
E é, a tudo isso, que eu digo NÃO.”

Enquanto nós não nos dermos conta que, somos todos passageiros de uma mesma nave que, flutua no universo, que somo IGUIAIS. Nada nos restará.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Como são persuasivas as frases de efeito.



“Mudá o que tá bão, mantê o que tá ruim”. Esse poderia ser o slogan do Nosso alcaide José “gasparzinho” Fogaça, o Prefeito virtual. Pois o total fracasso de sua gestão à frente da Prefeitura de Porto Alegre, salta aos olhos até de quem não quer ver (o pior cego é aquele que não quer ver). Poderia aqui enumerar uma lista de coisa que, antes funcionava e que, agora, não funciona mais.


Mas a última, tirando fora a desarticulação o Orçamento Participativo, a sujeira das nossas ruas e avenidas, escolas municipais sucateadas, greve dos funcionários, e assim por diante, temos agora um problema que, somente quem precisa sabe o quão ruim está.


O atendimento de saúde pública do município (a saúde é municipalizada) é um verdadeiro caos. Não há médicos, material de atendimento, equipamentos vitais parados por falta de manutenção, ratos, lixo mal acondicionado e, chegando ao extremo, de um posto de saúde interditado. O Postão da Vila Cruzeiro foi interditado por falta de condições de atendimento, justamente o que está localizado em uma das áreas mais carentes da cidade.


Mas é estranho que a mídia mal toca no assunto.


Esses episódios, estão levando o prefeito virtual a tomar uma atitude drástica, vai sacar o secretário Pedro Gus, “renomado” administrador de saúde, pelo Vice-prefeito, Eliseu “Jekil” Santos que, segundo o RS Urgente (leia aqui), não é um homem acima de partidos, como gosta o Prefeito, mas...


Como é visto, muitas coisas que funcionavam antes, estão deixando de funcionar agora, se fosse na “outra” gestão, com certeza os “de-formadores de opinião diriam “isso é culpa do PT”, mas e agora, de que é a culpa?


Talvez dos próprios doentes...

Navegar é preciso: como difundir ideais e idéias.


A mídia alternativa é, sem sombra de dúvidas, a saída para contrapor os grandes “produtores” de notícias. Vemos que, a cada dia que passa, as informações que deveriam ser prestadas por esses órgãos de comunicação social, estão cada vez mais reticentes e subjetivas, para não dizer que são, digamos “quase” mentiras. A mídia é serviçal do capital, representada pelos grandes grupos econômicos e empresas transnacionais que investem em propagandas nesses veículos. Sendo assim, esperam, em contrapartida, que sejam defendidos por esses, os seus interesses.

Não vemos quase nenhum jornal, rádio ou televisão, que tenha uma postura crítica aos acontecimentos. E quando falo em crítica, falo em criticar “todos” os aspectos dos acontecimentos, não apenas criticar o que desagrada aos seus interesses ou dos seus patrocinadores. Essa é a postura que se esperaria de uma mídia, digamos séria, pois isenta é impossível de ser, já que todos nós somos influenciados por ideais de algum viés. Mas isso não ocorre.

Porque disse isso? Para que todos que tenham alguma maneira de difundir a visão crítica dos acontecimentos, não abdiquem de faze-lo. A rede está aí para que possamos fazer, através de um trabalho de formiguinha, alcançar o maior número de pessoas, levando à elas o que não está escrito nos jornais ou o que não é visto ou ouvido nas ondas do rádio e da TV.
Para tanto, temos de difundir esses canais. E a Internet é ainda um meio democrático de difusão de idéias e de análise de fatos com um olhar mais humanista, menos economicista. Pois atualmente, tudo é visto somente pelo lado do capital, da acumulação e do lucro a qualquer custo.

Vamos difundir os Sites e Blogs que façam essa leitura, uma transgressão ao establishment e ao que nos é imposto através da mídia massificadora de hábitos, cultura e consumo.

De minha parte, já estou incluindo os que eu mais visito, mas faltam outros mais. Então, quem conhece algum que eu possa difundir aqui, não se acanhe. Vamos fazer a diferença. Também, quem mantém algum canal, faça o mesmo.

Mario Rangel

O RS recebe presente do governo na Semana do Meio Ambiente


Essa notícia é do Blog oficial da Rádio Gaúcha: “Uma proposta do novo comando da Brigada Militar vai render polêmica nas próximas semanas. A corporação vai acabar com o Batalhão Ambiental. A justificativa: racionalizar custos. Embora a cúpula da polícia garanta que o combate à crimes ambientais irá continuar, ambientalistas prometem reagir ao anúncio. É o Batalhão Ambiental que realiza, por exemplo, grandes operações em parques, combate à caça ilegal, apreende animais silvestres contrabandeados e fiscaliza a extração ilegal de areia da Bacia do Jacuí. O que você acha da iniciativa? O Batalhão Ambiental é necessário ou sua tarefa poderá ser realizada pelas demais unidades da BM?”

Em plena semana do meio ambiente, a insensibilidade do governico da tia Yeda, através do comando da Brigada Militar, foi de arrasar. Essa de dizer que vão acabar com a Patrulha Ambiental, significa, simplesmente dizer que, tá liberado! Agora, na “República Gaúcha”. O Meio Ambiente não será mais empecilho para o “desenvolvimentismo econômico”. O estado de vanguarda na defesa do Meio Ambiente, passa a ser o mais vulnerável nesse sentido.

Na ânsia de arrecadar uns trocados, o estado falido da tia Yeda, é capaz de qualquer coisa. Já acabou com o zoneamento ambiental, agora quer acabar com o Batalhão Ambiental. Mas o que eu insisto em dizer é que, a mídia não repercute essas ações, pois são signatários e apoiadores dessas mudanças, que visam a flexibilizar a entrada de investimentos que trazem impactos ambientais significativos para o estado, muitas vezes podendo ser, até mesmo, irreversíveis.
Só para lembrar, desde que assumiu, no governico da tia Yeda já aconteceram coisas que "até Deus duvida", na área ambiental. Desde a demissão de secretário, até a desautorização do Zoneamento Ambiental, é uma trapalhada atrás da outra. Agora mais essa!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Quem tem medo do lobo-mau?


Até certo ponto, tenho de concordar com o presidente da Venezuela, Hugo Chaves. Um presidente democraticamente eleito e que, tem melhorado a vida da população mais pobre daquele país. Mas, de uns tempos para cá, vem extrapolando do seu poder, com medidas impopulares. A sua “briga” com Bush e os Estados Unidos, assim como seus problemas internos, com a oposição, parecem que estão confundindo o seu discernimento.

Não sei até que ponto, ao não renovação da concessão de operação da RCTV, trará benefícios ao seu governo, pois o tiro, pode sair pela culatra. Sua atitude, pouco democrática, pode fazer nascer no povo, através influência da mídia oposicionista, um sentimento de desagrado em relação a si. Podendo trazer dificuldades às suas aspirações. Sei, também, que no Brasil, muitas redes não precisavam nem existir, mas não é de bom grado que, por exemplo, se o Lula não renovasse a concessão da Globo, mesmo tendo a mídia brasileira o cacoete golpista.

Mas o que quero aqui dizer e apoiar, é a atitude do Presidente Lula, com relação ao que disse o mandatário venezuelano em relação a uma moção do Congresso Brasileiro, pedindo a reconsideração da não renovação da concessão da RCTV. Hugo Chaves chamou o Congresso de “papagaio dos Estados Unidos”. Eu até, em parte, concordo com isso, mas em relações internacionais, deve-se ser comedido, mesmo que se tenha um juízo formado, não é de bom tom, expressa-lo, tem-se de ter respeito com os países vizinhos e.

O Presidente Lula foi “curto e grosso” ao comentar as declarações de seu colega: Hugo Chaves "tem que cuidar da Venezuela, eu tenho que cuidar do Brasil, o Bush tem que cuidar dos Estados Unidos e assim por diante" (leia aqui). Desse jeito, o Hugo Chaves, está atraindo para ele somente coisas ruins, que podem complica-lo logo mais a frente. Ele, por enquanto, não está sozinho na América Latina, mas desse jeito, poderá ficar isolado, Ele e a Venzuela.

De onde viemos? Para onde vamos?


A direita conservadora e neoliberal do nosso estado está alastrando seus ideais como uma praga. Os partidos, a mídia e os interesses dos grandes grupos econômicos, nacionais e internacionais, encontram aqui, na província, solo fértil para prosperarem e disseminarem suas raízes destruidoras. O estado do Rio Grande do Sul virou terra de ninguém. É só alguém chegar aqui com meia dúzia de patacas, que já nos rendemos. As crises nos diversos setores da administração se avolumam e agravam-se, sem que os dirigentes tomem qualquer medida que venha ao encontro das necessidades do povo. As coisas são decididas a portas fechadas, ditatorialmente, desconsiderando qualquer relação de civilidade e de cidadania.


As decisões e decretos editados no Diário Oficial sem discussão. Com isso, tanto o governo estadual quanto o da capital, estão desarticulando as redes sociais e os órgãos públicos essenciais para a manutenção do atendimento ao cidadão. As práticas são idênticas, os partidos, também. O objetivo é, deixar ficar bem ruim o serviço, a população começa a reclamar, o governo não faz nada, aí o clamor público cobra, e nada é feito, até que, a única “saída” é entregar para uma Organização Social (OS) ou transformar em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) quer dizer, privatizar. Isso significa que o Estado está se lixando para a população.

Em nível estadual, a saúde, educação, segurança entre outros, estão em estado precário. A TVE desmontada. A questão ambiental, jogada no lixo em favor das papeleiras. Os secretários que não dançam conforme a música dessas forças conservadoras e neoliberais são execrados e demitidos. A Assembléia Legislativa subordinada às vontades do governo e aos interessas econômicos, agem como papagaios, reproduzindo um discurso pronto, o do desenvolvimentismo a qualquer custo. Mas pergunto, desenvolvimento para quem, cara pálida?

Sinceramente, em toda a minha vida, nuca havia antes presenciado tal estado de coisas, tamanha irresponsabilidade e desrespeito com o povo do Rio Grande do Sul. Funcionários municipais de Porto Alegre estão em greve, denunciando o descaso, mas onde está o prefeito? Os funcionários estaduais não agüentam mais, denunciam, mas onde esta a Tia Yeda? Inaugurando embaixada em Brasília.

Mas, como sempre, olhando a TV, lendo jornais e ouvindo rádio, está tudo bem, nada é dito ou contestado, é a mídia chapa branca em ação. É claro, pois os “mesmos” estão se dando bem, e isso é bom (para eles).


É o que importa.